no-img

ENFERMAGEM ALÉM DOS APLAUSOS

A pandemia da covid-19 mostrou ao mundo o protagonismo da enfermagem na assistência à população.

Durante semanas, a população homenageou a profissão com músicas, imagens, vídeos, depoimentos, além de diversas sessões de aplausos, nas janelas, nas instituições de saúde, na televisão, em posts na internet.

Todas as manifestações são válidas e motivadoras, mas infelizmente não são suficientes para melhorar as condições de trabalho da maior categoria profissional da saúde brasileira.

É preciso mais.

É preciso que a enfermagem tenha uma jornada de trabalho de 30 horas semanais, como a OMS recomenda, para não sofrer com a sobrecarga de trabalho e com mais de um vínculo de emprego.

É preciso que a enfermagem tenha um piso salarial em todo o país, para não se desdobrar em mais de um emprego nem se preocupar se terá as condições financeiras mínimas todos os meses.

É preciso que a enfermagem tenha uma aposentadoria especial, para que toda sua vida dedicada à saúde da população seja devidamente reconhecida.

É preciso que a enfermagem não sofra com a violência, porque nenhuma agressão é justificada e violência não faz a fila do atendimento andar mais rápido.

É preciso que a enfermagem não adoeça mentalmente, porque só uma mente saudável pode cuidar com tanta dedicação da saúde de todos.

É preciso que a enfermagem seja sempre reconhecida como a profissão que passa 24 horas por dia, 7 dias por semana ao lado do paciente, seja durante a pandemia ou em qualquer outra situação.

É preciso que a sociedade ajude a enfermagem a conquistar suas vitórias.

E todos podem ajudar.

Participe da mobilização da sociedade pelas lutas da enfermagem.

Valorizar a enfermagem vai além dos aplausos.

Favoreça o bem-estar daqueles que cuidam da saúde de toda a população.

Fonte: https://portal.coren-sp.gov.br/enfermagem-alem-dos-aplausos/

no-img

Covid-19: Profissionais de enfermagem contam experiência como voluntários nos testes da vacina

Atualmente, estão sendo testadas no Brasil quatro potenciais vacinas contra a Covid-19: a vacina CoronaVac, fruto da parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac; a vacina da Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca; a vacina da americana Pfizer, em parceria com a BioNTech e a vacina belga do laboratório Janssen-Cilag.

Milhares de brasileiros, trabalhadores da área da saúde, estão se voluntariando para os testes e estudos de desenvolvimento das vacinas, prestando um serviço inestimável para a sociedade. Os estudos estão em sua fase final.

Profissional de enfermagem há 23 anos e conselheiro do Coren-SP na gestão 2021-2023, o enfermeiro Sérgio Aparecido Cleto é um dos voluntários que participaram dos estudos da vacina CoronaVac.

Sem saber se recebeu a vacina ou um placebo, Sérgio tem retornos semanais on-line e presenciais trimestrais com os pesquisadores que estão desenvolvendo o imunizante. “Tenho um anseio grande que muito em breve não apenas esta, mas várias outras vacinas possam estar disponíveis e acessíveis a todos. Assim poderemos ter de volta um pouco dos relacionamentos e atividades que perdemos ou deixamos de fazer”, espera ele.

Outra profissional que está participando como voluntária dos estudos é a enfermeira Jane Cristina Dias Alves. Gerente de Enfermagem da UTI do Hospital São Paulo, instituição onde trabalha desde 2003, Jane é voluntária nos estudos da vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca.

Ela tem grandes esperanças de que os imunizantes contra a Covid-19 em breve consigam derrotar a doença e fazer com que a vida retorne à normalidade. “As expectativas são muito positivas, pois presenciamos nas ações deste grupo de estudo muita seriedade e comprometimento em todas as medidas e cuidados tomados com cada um de nós, voluntários, seja no atendimento ou em esclarecer dúvidas”, conta.

Como alguém que lida diretamente com pacientes da Covid-19 na UTI onde trabalha, Jane conta que o contato direto com a pandemia a fez ver alguns aspectos da vida de forma diferente. “Passamos a valorizar pequenas coisas de nossa rotina que não valorizávamos, como um passeio no parque e até conhecermos melhor nossas emoções e nossa espiritualidade. A necessidade de adaptação e de planejamento foram pilares que provavelmente não serão esquecidos”, afirma.

A enfermeira Mônica Aparecida Calazans, que trabalha no Hospital Emílio Ribas, também se voluntariou para os testes da vacina CoronaVac. Ela conta que já tomou as duas doses e não teve nenhum tipo de reação. “Sou monitorada periodicamente. Além disso, há um canal do WhatsApp pelo qual entram em contato semanal comigo”, explica.

Ela também está otimista com a vacina. “Eu acredito que vai dar certo. Precisamos da vacina para voltar à vida normal”, diz Mônica, que vê seu trabalho voluntário nos testes da CoronaVac como um serviço aos seus semelhantes: “É uma forma de ajudar a humanidade. Vou tomar a vacina e se der certo o meu nome estará lá como participante da pesquisa da vacina, será um orgulho”.

A dedicação e o empenho que os profissionais de enfermagem têm demonstrado na linha frente do combate à pandemia é a mesma que se evidencia no voluntariado relacionado às pesquisas de novas vacinas. “A necessidade de adaptação e de planejamento que estão sendo demonstrados durante a pandemia são pilares que provavelmente não serão esquecidos, assim como o trabalho em equipe sem medir esforços”, finaliza Sérgio.

Fonte: https://portal.coren-sp.gov.br/noticias/covid-19-profissionais-de-enfermagem-contam-experiencia-como-voluntarios-nos-testes-da-vacina/

no-img

O que é LER/DORT. Suas causas e sintomas

Dia 28 de fevereiro é o Dia do Combate a LER/DORT e por isso trouxemos um conteúdo com esclarecimentos sobre o assunto.

O que é?

A lesão por esforço repetitivo (LER), também chamada de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) é uma alteração que acontece devido as atividades profissionais que afeta especialmente as pessoas que trabalham realizando os mesmos movimentos corporais de forma repetitiva ao longo do dia.

Isso sobrecarrega os músculos, tendões e articulações causando dor, tendinite, bursite ou alterações da coluna, o diagnóstico pode ser feito pelo médico ortopedista ou médico do trabalho com base nos sintomas e exames, como raio X ou ultrassom, de acordo com a necessidade. O tratamento pode incluir a toma de remédios, fisioterapia, cirurgia nos casos mais graves, e pode ser preciso trocar de posto de trabalho ou se aposentar mais cedo.

Sintomas

Os sintomas mais comuns de uma LER/DORT incluem:

  • Dor localizada;
  • Dor que irradia ou que é generalizada;
  • Desconforto;
  • Fadiga ou sensação de peso;
  • Formigamento;
  • Dormência;
  • Diminuição da força muscular.

Estes sintomas podem ser exacerbados ao realizar determinados movimentos, mas também é importante observar quando tempo duram, quais atividades o agravam, qual a sua intensidade e se há sinais de melhora com o repouso, nos feriados, fins de semana, férias ou não.

Tratamento

Para tratar é necessário realizar sessões de fisioterapia, pode ser útil a toma de medicamentos, em certos casos pode ser necessária cirurgia, e troca do posto de trabalho pode ser uma opção para que a cura seja alcançada. Normalmente a primeira opção é tomar um remédio anti-inflamatório para combater a dor e o desconforto nos primeiros dias, e aconselha-se a reabilitação através da fisioterapia, onde podem ser usados equipamentos de eletroterapia para combater a dor aguda, técnicas manuais e exercícios corretivos podem ser indicados para fortalecer/alongar os músculos de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Como prevenir 

A melhor forma de prevenção da LER/DORT é realizar ginástica laboral diariamente, com exercícios de alongamentos e/ou fortalecimento muscular no próprio ambiente de trabalho. O mobiliário e as ferramentas de trabalho devem ser adequadas e ergonômicas, e deve ser possível a troca de tarefas ao longo do dia.

Além disso, devem ser respeitadas as pausas, para que a pessoa tenha cerca 15-20 minutos a cada 3 horas para poupar os músculos e os tendões. Também é importante beber bastante água ao longo do dia para manter todas as estruturas bem hidratadas, o que diminui o risco de lesões.

FONTE :
https://www.tuasaude.com/ler-dort/